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Arquitetos: Pontoatelier
- Área: 400 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Mariana Lopes
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Fabricantes: Archicad, Basalt Stones, Crytomeria wood
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pavilhão é desenhado e construído num momento em que o mundo muda, dando resposta a um espaço colectivo, quando não nos podemos encontrar. Partimos da matéria do lugar. A madeira criptoméria e a pedra vulcânica. É através desta matéria vulcânica que se define uma métrica de distância e/ou de aproximação. Uma medida deste tempo. Desenha-se uma Sala a céu aberto, onde se pretende a experiência da terra e o desenho do céu.Um limite desenhado num quadrado com quatro entradas estipulando a regra de uma grelha regular de 2mx2m.
No Lugar de vegetação vibrante, são colocadas 25 rochas vulcânicas, alinhadas pelos eixos da estrutura sob um pavimento vulcânico que define o perímetro da intervenção. O limite que envolve este “tapete vulcânico” constrói-se em madeira local, a Criptoméria de origem Japonesa. Esta ganha a estrutura e forma de um meio Cafuão (estrutura em madeira para secagem do milho ou tabaco), uma estrutura que emerge do chão e inclina-se sob o céu.
O projecto desenha-se sobre a geometria de um quadrado de 20m x 20m. A métrica que define a sua dimensão é composta pela repetição de 2m por 2m criando a medida de afastamento entre a estrutura. Deste ambiente vulcânico, surge a matéria do Fogo quase como matéria construtiva. Por um lado na constituição rochosa e vulcânica, por outro num método de conservação das madeiras através da utilização de uma técnica japonesa Shou Sugi Ban
Esta estrutura em madeira será queimada e o pavilhão assume uma atmosfera negra, que encerra em si próprio uma experiência interior/exterior em oposição à sua localização verdejante onde está situada. O tempo é também construtor desta peça, através de um processo lento e inverso, desconstrói-se a sua construção. (de fora para dentro). A madeira desaparecerá e ficarão apenas as Pedras imprimindo neste território um novo tempo.